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sexta-feira, setembro 23, 2005

Uma trapaça já antiga...


2004-10-27
A PROVA:

EUA - Livro de ex-assessor de Clinton

SALAZAR RECUSOU OFERTA MILIONÁRIA

Fototeca/Lusa

Oliveira Salazar terá rejeitado proposta americana
Na década de 60, os Estados Unidos fizeram uma proposta de centenas de milhares de dólares a Portugal, a troco da independência das ex-colónias. “Portugal não está à venda”, foi a resposta do então ditador português, António Oliveira Salazar. Esta e muitas outras ‘revelações’ foram feitas por Witney Schneider, ex-responsável norte-americano pelos Assuntos Africanos, no seu livro ‘Engaging Africa: Washington and The Fall of Portugal’s Colonial Empire’.

O caso remonta a 1963, quando o ex-presidente do Conselho rejeitou a referida oferta, num encontro com um enviado americano – relata Witney Schneider, antigo vice-secretário de Estado adjunto para os Assuntos Africanos na administração Clinton. O livro foi elaborado com base em documentos oficiais e dezenas de entrevistas com personalidades americanas e portuguesas.

Segundo Schneider, Paul Sakwa, assistente do vice-director de planeamento da CIA elaborou em 1962 o ‘Plano Commonwealth’, que defendia nomeadamente a autodeterminação de Angola e de Moçambique, após um período de transição de oito anos, durante o qual Portugal seria compensado com cerca de 500 milhões de dólares, de forma a modernizar a economia e “ajudar Salazar a engolir a pílula amarga da descolonização”. Os dirigentes nacionalistas Holden Roberto (angolano) e Eduardo Mondlane (moçambicano) seriam mais tarde líderes dos novos países. O plano previa um referendo em cada colónia, para decidir o tipo de relacionamento que iria ser mantido entre os territórios e a pátria-mãe.

Em Agosto de 1963, o diplomata americano Chester Bowles encontrou-se com Salazar e duplicou a proposta: durante cinco anos, os EUA depositariam nos cofres portugueses cerca de mil milhões de dólares. Porém, a oferta esbarrou na intransigência de Salazar.

Schneider adianta ainda que Eduardo Mondlane, fundador do movimento nacionalista moçambicano, e Holden Roberto, presidente da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), foram durante anos apoiados financeiramente pela CIA. No período em questão, o governo americano apoiou financeiramente e lidou com os movimentos nacionalistas das ex-colónias, ao mesmo tempo que mantinha boas relações diplomáticas com Portugal.
Gonçalo Curião/

----fonte: CORREIO DA MANHÃ----------------------------

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